Ele sempre me zoava porque eu sou de humanas. Ele tinha acabado de entrar no curso de ciências da computação e eu, que só tinha dezesseis anos, ainda nem era de humanas, mas ele já me zoava: era só eu ouvir Marisa Monte, comentar qualquer coisa sobre o meu curso de cerâmica ou fazer um desabafo por carta. Ele ria quando eu me atrapalhava com alguma conta, eu me vingava quando ele sofria para escrever o texto mais simples ou para descrever um pouquinho melhor o que estava sentindo. Eu invejava sua ausência de dilemas amorosos, ele se espantava com os meus – e seus conselhos eram abreviados com um “para de brigar com esse cara” ou “larga esse cara”.
Continue a ler com uma experiência gratuita de 7 dias
Subscreva a INQUIETUDES por Liliane Prata para continuar a ler este post e obtenha 7 dias de acesso gratuito ao arquivo completo de posts.