Finalmente, ela conheceria a família do boy. Já fazia uns três meses que estavam saindo, ela muito apaixonada, apaixonada daquele jeito que a deixaria incrédula meses depois, quando olharia para trás pensando: “Meu Deus, onde eu estava com a cabeça?” – mas isso era depois. Agora, ela habitava o centro de uma empolgação louca, adrenalizada por preocupações como roupa cabelo maquiagem, inspecionando a todo momento a bolsa, o celular, a hora, até que ele chegou para buscá-la, até que ela desceu o elevador toda ansiosa, empetecada e fêmea, talvez ela se sentisse sobretudo viva, naquela época era esse o tipo de frisson que a fazia se sentir viva, isso foi antes de ela começar a achar tudo sem graça e precisar se re-situar no mundo, bem antes: ali, olhando o espelho do elevador, ela se sentia num daqueles típicos momentos meio caóticos meio extraordinários, a energia total sem desesperança alguma, a promessa de emoções e acontecimentos muito preciosos, muito intensos.
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