Negacionismo da velhice
Como lidar bem com a curva descendente da beleza, sem virar negacionista?
Outro dia pipocou no meu Instagram um vídeo mais ou menos assim: uma mulher com seus setenta e poucos anos dizendo que a beleza estética não se perde com o tempo, que a aparência se transforma mas não precisa ser para pior, e é um absurdo alguém dizer que ela era bonita e não é mais, afinal ela era bonita quando jovem e continua sendo bonita, só que de outro jeito etc. Não me levem a mal, é um pensamento bem-intencionado e a princípio gostaria de concordar com isso, mas quando vejo algum documentário com o Paul McCartney jovem, na época do auge dos Beatles, e o Paul agora... Quando vejo o Leo Di Caprio na época do Titanic e agora... Quando lembro da aparência do Brad Pitt quando eu era adolescente e agora... Não consigo concordar, não dá. Eles eram mais bonitos jovens. Mas tudo bem, já faz algum tempo que aceitei que o tempo rouba algumas coisas da gente, embora, sejamos justos, também nos dê outras coisas em troca, se nos empenharmos aqui e tivermos sorte ali.
Mas ok, não vamos sair pela tangente, vamos começar nos focando nessa dura parte do roubo.
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