A Era da Instantaneidade. Imagina essa galera fotografando com filme fotográfico? Você tirava uma, no máximo duas fotos da paisagem - porque o filme era caro -, precisava esperar o rolo terminar antes de mandar no laboratório, que antigamente levava de três a cinco dias para fazer a revelação e só então você ia ver a foto da viagem.
Foi em outra vida mesmo. E o cuidado que a gente tinha em escolher a cena, em acertar a luz. Eu fotografava com câmera reflex, trocava lente dependendo da cena... Tudo isso se perdeu. A união entre câmera fotográfica e telefone banalizou a fotografia. As pessoas tiram dezenas de fotos da mesma cena, postam uma no Instagram e nunca mais olham pra aquilo.
Que delícia era sentir o tédio de uma programação sem graça na tv aos domingos, de uma viagem longa repleta de paisagens monótonas cortadas pelo "estamos chegando"..
Presentificação – ou desfrute – parece ser mesmo A forma de ocupar a vida, que é sempre presente, mas corre o risco de rebaixar-se quando arrastada para devaneios nostálgicos, projeções dramáticas ou mesmo eufóricas (nada como as expectativas para ferir o presente com a maior das ofensas do Eu à vida: mas é só isso!). Ótimo texto.
A Era da Instantaneidade. Imagina essa galera fotografando com filme fotográfico? Você tirava uma, no máximo duas fotos da paisagem - porque o filme era caro -, precisava esperar o rolo terminar antes de mandar no laboratório, que antigamente levava de três a cinco dias para fazer a revelação e só então você ia ver a foto da viagem.
Seu comentário me fez lembrar de como era bom, Ferdinando. E como parece que foi em uma outra vida!
Foi em outra vida mesmo. E o cuidado que a gente tinha em escolher a cena, em acertar a luz. Eu fotografava com câmera reflex, trocava lente dependendo da cena... Tudo isso se perdeu. A união entre câmera fotográfica e telefone banalizou a fotografia. As pessoas tiram dezenas de fotos da mesma cena, postam uma no Instagram e nunca mais olham pra aquilo.
por que a gente se atormenta com tantos “e se”, né? às vezes, é só relaxar e aproveitar!
Que delícia era sentir o tédio de uma programação sem graça na tv aos domingos, de uma viagem longa repleta de paisagens monótonas cortadas pelo "estamos chegando"..
Realmente precisava ter lido esse texto hoje! Que beleze de texto! :)
Que texto necessário, Lili!
“desfrutar é um jeito de amar”… que coisa bonita demais!
Presentificação – ou desfrute – parece ser mesmo A forma de ocupar a vida, que é sempre presente, mas corre o risco de rebaixar-se quando arrastada para devaneios nostálgicos, projeções dramáticas ou mesmo eufóricas (nada como as expectativas para ferir o presente com a maior das ofensas do Eu à vida: mas é só isso!). Ótimo texto.